quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013


Há décadas este apresentador (ou animador?) está no ar. Contudo, poucos vão lembrar que ele já trabalhou em mais de uma emissora ao mesmo tempo e pior, em duas emissoras que eram rivais: a TV Globo e a TV Tupi. Aos domingos, o dia inteiro na Globo e nas quintas-feiras à noite na extinta TV Tupi. Os horários eram comprados pelo apresentador. Houve época em que as gincanas (ou "game shows" como foram chamados mais recentemente) faziam a alegria dos telespectadores juntamente com os programas de perguntas e respostas, dos quais "O Céu é o Limite" foi talvez, o mais famoso.
Foi então que Senor Abravanel, mais conhecido como Silvio Santos teve a ideia de lançar um programa de gincanas entre cidades do interior chamado "Cidade contra Cidade". Era o ano de 1968. Na atração eram formadas duas equipes, uma de cada cidade, que se enfrentavam em uma espécie de jogo, onde vencia o time que cumprisse todas as tarefas que eram propostas. Ao final de cada uma das tarefas o "homem sorriso" (apelido dado a Silvio) soltava para o auditório: missão cumpridaaaaa... Nos anos seguintes vieram outros quadros no mesmo estilo em seu programa dominical, como por exemplo, "Só Compra Quem Tem" (claro, os participantes poderiam ter as compras realizadas nas lojas do Baú da Felicidade e o carro do candidato vencedor vinha da concessionária Vimave, de propriedade do próprio Silvio Santos), "Namoro no Escuro", "Quem Sabe Mais: o Homem ou a Mulher", o conhecidíssimo "Qual é a Música" e o "Roletrando" (título que deu margem a uma série de piadas pornográficas infames), entre outros.
Em "Cidade contra Cidade" a última gincana sempre era a mais difícil, do tipo trazer para o programa um ator de Hollywood. Juro para vocês leitores que alguns competidores chegaram ao ponto de cumprir tal tarefa. Era como nas antigas gincanas infantis dos nossos velhos tempos de infância: vamos fazer o que o seu mestre mandar? Com um mestre dos programas populares como Silvio Santos a audiência era certa.
O Anúncio Antigo de hoje foi publicado na Revista Veja do dia 09.07.1969, p. 62.

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